Resumen
Este artigo tem por objetivo descrever a sustentabilidade por meio do comércio justo da Cooperativa Artisans Brasil, tendo em vista que as estratégias de negócios adotadas pela cooperativa foram articuladas junto aos produtores de casulos de bicho da seda e as empresas parceiras do Projeto Seda Justa, que contribuíram na constituição da cooperativa e no surgimento da oportunidade de comercialização pelo comércio justo na França. Foi realizada uma pesquisa qualitativa-descritiva por meio de treze entrevistas semiestruturadas realizadas pela técnica snowball. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam que o projeto de organizar as artesãs em torno da proposta de exportar cachecóis de seda para a França, por meio da rede francesa Artisans Du Monde, que pratica a filosofia do comércio justo, mostrou-se uma proposta viável, tendo em vista que nas práticas do comércio justo há a preocupação de remunerar os produtores por um preço justo, considerando o valor cultural e simbólico dos produtos comercializados, além de criar no consumidor a mentalidade de que a aquisição desses produtos contribui para melhores condições de vida em comunidades distantes e a garantia de que os bens adquiridos provenientes do artesanato não são oriundos de exploração de maneiras degradantes de trabalho e garantem a sustentabilidade da cooperativa.