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ARTÍCULO
TITULO

ANÁLISE ESPACIAL DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL DA BACIA DO RIO UBÁ - RJ

Milton Marques Fernandes    
Márcia Rodrigues de Moura Fernandes    

Resumen

O objetivo deste estudo foi mapear e analisar uso da terra e a estrutura da paisagem florestal na Bacia Hidrográfica do Rio Ubá - RJ, através de métricas da paisagem. O mapeamento do uso da terra e dos fragmentos florestais foi realizado através de uma imagem CBERS 2B/HRC. Para o cálculo dos índices de ecologia, foi utilizado o programa FRAGSTATS 4.2®. Os fragmentos mapeados foram divididos em classes de tamanho: 1-fragmento muito pequeno, menor que 5 ha; 2 - fragmento pequeno, entre 5 e 10 ha; 3 - fragmento médio, entre 10 e 100 ha e 4 - fragmento grande, maior que 100 ha. As análises quantitativas por meio de métricas da paisagem foram feitas com as métricas de classe: área, forma, área central, agregação e diversidade, sendo a área central obtida em diferentes simulações de efeito de borda (20, 40, 60, 80, 100 e 140 m). Foram mapeados 47 fragmentos florestais em toda a Bacia do Rio Ubá, representando 23,65% de cobertura florestal. Os fragmentos médios apresentaram maior número (25), seguidos pelos fragmentos de tamanho pequeno (9), muito pequeno (7) e, somente dois fragmentos grandes. A Bacia do Rio Ubá possui um predomínio de uma matriz antrópica representada por pastagem, pequeno percentual de cobertura florestal com fragmentos de tamanho médio entre 10 e 100 ha, com alto grau de fragmentação florestal da paisagem. Os fragmentos médios são a classe mais numerosa e com maior área total, constituindo a única classe de tamanho que mantém uma distância menor que 100 m entre si. Os fragmentos muito pequenos e pequenos apresentaram formatos mais regulares, porém, com maior densidade de borda. Em relação às métricas de área central, os fragmentos muito pequeno e pequeno perderam totalmente sua área central, estando completamente sob efeito de borda considerando uma distância de borda de 140 m. Uma alternativa no contexto da Bacia do Rio Ubá é a utilização dos fragmentos florestais muito pequenos e pequenos como corredores ecológicos para interligação aos fragmentos médios.

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