Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: 26 Núm: 4 Par: 0 (2016)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO DE GRUPOS ECOLÓGICOS, ESPAÇAMENTO E ARRANJO DE PLANTIO NA RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES EM MARGEM DE RESERVATÓRIO

Alvaro Augusto Vieira Soares    
Soraya Alvarenga Botelho    
Antônio Cláudio Davide    
José Márcio Rocha Faria    

Resumen

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do espaçamento, arranjo e composição de grupos ecológicos das mudas plantadas no processo de restauração de margem de reservatório artificial no sudeste do Brasil. As avaliações foram realizadas 12 anos após a implantação do experimento em que cinco modelos de plantios mistos foram testados. Primeiramente, fez-se uma avalição geral do povoamento por meio de levantamentos do estrato arbóreo, regenerante, banco de sementes e de análise química e textural do solo. Em seguida, lançou-se mão dos indicadores de recuperação de sobrevivência das árvores plantadas, área basal e densidade da comunidade arbórea, acúmulo de serapilheira sobre o solo e índice de fechamento do dossel para comparar os modelos e checar a influência dos fatores experimentais nestes parâmetros. Como resultado da análise geral, obteve-se que o povoamento encontra-se em situação de baixa diversidade, com regeneração deficiente e banco de sementes dominado majoritariamente por uma espécie arbórea exótica utilizada no plantio e espécies herbáceas invasoras, o que pode comprometer a automanutenção do povoamento no futuro. O fator que mais influenciou os modelos foi a composição de grupos ecológicos com os melhores resultados apresentados pelos modelos em que se usaram ambos os grupos das pioneiras e não pioneiras. Provavelmente, o arranjo e o espaçamento de plantio não tiveram muita influência devido à mortalidade das mudas e à regeneração natural que se desenvolveu até esta idade. Assim, recomenda-se que na implantação de povoamentos para reconstituição de matas ciliares não sejam utilizadas apenas espécies pioneiras e sugere-se que a proporção de 50% de espécies pioneiras e 50% de não pioneiras, com o maior número possível de espécies, seja utilizada em áreas com deficiência da regeneração natural

 Artículos similares