Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: 28 Núm: 3 Par: 0 (2018)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

MODIFICAÇÕES FLORÍSTICO-ESTRUTURAIS EM UMA FLORESTA NEOTROPICAL

Henrique Faria de Oliveira    
Cléber Rodrigo de Souza    
Polyanne Aparecida Coelho    
Marcela de Castro Nunes Santos Terra    
Felipe de Carvalho Araújo    
Rubens Manoel dos Santos    
Marco Aurélio Leite Fontes    

Resumen

Este trabalho teve como objetivo analisar a ocorrência de processo sucessional em uma floresta madura, utilizando para isto a distribuição das árvores em fases de desenvolvimento. O fragmento estudado consiste em uma floresta estacional semidecidual em estágio avançado de recuperação com cerca de 11 ha, localizado as margens do Rio Capivari no município de Lavras, estado de Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados ocorreu nos anos de 1998, 2003, 2009 e 2014, nos quais foram mensurados e identificados em nível de espécie todos os indivíduos arbóreos que atingiram o critério de inclusão preestabelecido (circunferência a 1,3 m do solo - CAP=15,7 cm). A partir destes dados foram obtidos os valores de riqueza para cada uma das quatro fases estabelecidas com base em critérios de circunferência (Juvenis, Preestabelecidos, Estabelecidos e Emergentes), bem como informações sobre rotatividade de espécies, estrutura, composição florística e compartilhamento entre essas fases. Os resultados indicaram a inexistência de diferenças temporais quanto à estrutura e distribuição da riqueza em fases de desenvolvimento. Foram observadas movimentações temporais de espécies principalmente entre as fases menores. Com relação à similaridade entre fases, ocorreu a divisão em um grupo contendo as duas menores e outro composto pelas duas maiores, nos quais a composição florística e espécies mais representativas foram mais semelhantes. Ademais, observou-se uma substituição não direcional das espécies mais representativas de cada fase, provavelmente relacionado a não correspondência entre ciclos de vida das populações. Assim, a ocorrência de modificações temporais nos padrões de riqueza na floresta indica a existência de processos sucessionais dinâmicos em uma comunidade em estágio clímax.

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