ARTÍCULO
TITULO

Decálogo da gestão costeira para Santa Catarina: avaliando a estrutura estadual para o desenvolvimento do Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro

Jaqueline Andrade    
Marinez Eymael Garcia Scherer    

Resumen

O Brasil possui um Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro estabelecido há 25 anos, estendendo-se aos 17 estados costeiros brasileiros, sendo Santa Catarina um dos pioneiros. No entanto, apesar do arcabouço jurídico e institucional no âmbito nacional e, mais recentemente, no âmbito estadual, as zonas costeiras brasileira e catarinense vêm se degradando. Destaque é dado para o aumento dos prejuízos por tormentas e inundações nas cidades costeiras; contaminação das águas pela falta de saneamento básico, aumentando os níveis de risco para a saúde humana; concentração da população e da pobreza; perda da biodiversidade; redução da área de habitat crítico e fragmentação dos ecossistemas; dificuldade de acesso dos bens de uso público; aumento dos níveis de risco de acidentes por derramamento de óleo; redução da diversidade de paisagens naturais; erosão da linha de costa entre outros problemas. A lacuna na implantação dos instrumentos previstos pelo Programa Federal e Estadual de Gerenciamento Costeiro, aliada à quase nula avaliação dos processos gerenciais, levam a situações de degradação. Este trabalho avaliou o Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado de Santa Catarina, sua estrutura administrativa, financeira e de governança com base em 10 indicadores preestabelecidos pelo Decálogo da gestão costeira. Conclui-se que os aspectos de gestão com maior avanço em Santa Catarina são: Normativas aplicadas ao litoral, Instrumentos de gestão, estabelecimento de Competências, além de Informação disponível. Por outro lado, há aspectos precários e importantes que devem ser tidos como prioritários para ofortalecimento da gestão costeira, sendo eles: definição de uma Política Pública clara, Instituições Públicas, Formação e Capacitação de gestores e comunidade em geral, Educação para a Sustentabilidade, disponibilização de Recursos e Participação Pública.

 Artículos similares

       
 
Adrielson Furtado Almeida,Mario Augusto Gonçalves Jardim    
A partir da segunda metade do século XX, territórios praieiros de domínio das populações pesqueiras na zona costeira do Nordeste do Estado do Pará, passaram a receber políticas públicas para o desenvolvimento socioeconômico. Gerando forte antropia na rel... ver más

 
Victor Guião,Marinez Eymael Garcia Scherer    
Iniciativas que visam à melhoria da gestão da zona costeira são abundantes, tanto no Brasil como internacionalmente. Neste contexto, o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro de Santa Catarina (PEGC/SC) configura um importante instrumento para a gestão ... ver más

 
Amanda Bellettini Munari,Viviane Kraieski de Assunção,Carlyle Torres Bezerra de Menezes    
Os municípios do litoral brasileiro vêm passando por um acelerado crescimento demográfico nas últimas décadas, acompanhado pela degradação dos ecossistemas costeiros. Este estudo objetivou compreender, por meio da memória de moradores de Garopaba, municí... ver más

 
Ana Maria Teixeira Marcelino,Lívian Rafaely de Santana Gomes Pinheiro,Juliana Rayssa Silva Costa    
Este trabalho objetivou trazer à discussão a experiência de planejamento e gestão costeira da orla marítima do município de Galinhos no Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte, a partir da aplicação da metodologia proposta para a elaboração do Plano ... ver más

 
Natalia Ruiz de Oliveira,Claudia Regina dos Santos,Alexander Turra    
As Zonas Costeiras são responsáveis por uma ampla gama de funções ecológicas, mas também são objetos de preocupação por sua integridade e equilíbrio ambiental devido aos seus diferentes usos e às pressões sofridas. Tal cenário soma-se à não inclusão da p... ver más