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ARTÍCULO
TITULO

ESTRUTURA POPULACIONAL E REGENERAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA FLORESTA NACIONAL DE SÃO FRANCISCO DE PAULA, RIO GRANDE DO SUL

Angela Luciana de Avila    
Maristela Machado Araujo    
Solon Jonas Longhi    
Paulo Renato Schneider    
João Olegário Pereira de Carvalho    

Resumen

Este estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura populacional e os aspectos da regeneração de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg e Ilex paraguariensis A. St.-Hil em diferentes condições ambientais e histórico de perturbação na Floresta Nacional de São Francisco de Paula - RS. Foram utilizados seis conglomerados de um hectare, com 16 parcelas (20 x 20 m) cada, nos quais foram amostradas as espécies em três classes de tamanho. A classe de tamanho II (CT II - diâmetro a altura do peito (DAP) = 9,55 cm) foi inventariada nas 96 parcelas, a CT I (4,8 = DAP < 9,55 cm) em 36 subparcelas de 10 x 10 m e a regeneração natural estabelecida (RNE) (1 = DAP < 4,8 cm) em 36 células de 3,16 x 3,16 m. Em todas as parcelas de 20 x 20 m foram avaliados o banco de plântulas (BP - altura = 30 cm e DAP < 1 cm), a chuva de sementes (CS) e o banco de sementes do solo (BS). Os dados foram analisados considerando todos os ambientes conjunta e separadamente para os agrupamentos identificados em estudo prévio na área. Foram avaliadas a estrutura diamétrica para a CT II e densidade e frequência absoluta para todas as etapas do ciclo de vida (CS, BS, BP, RNE, CT I e CT II). Os resultados indicaram grande variabilidade na densidade destas espécies nos diferentes ciclos de vida e ambientes florestais. Araucaria angustifolia demonstrou falhas no processo de regeneração em ambiente com menor histórico de perturbação, não apresentando padrão de distribuição ?J invertido? (CT II) e menor capacidade de regeneração em relação às demais espécies nos mecanismos de regeneração (CS, BS e BP). Ilex paraguariensis e Blepharocalyx salicifolius apresentaram melhor estabilidade populacional em ambiente com menor nível de interferência antrópica (CT II). A primeira espécie apresentou melhores condições de regeneração em ambientes de solo com boa drenagem e a segunda espécie demonstrou preferência para solo mais úmido. Além disso, falhas no processo de regeneração das populações foram detectadas e variaram de acordo com as condições ambientais e o histórico de perturbação de cada área. Assim, identifica-se a importância de considerar os diferentes ambientes florestais, a autoecologia das espécies e de aplicar possíveis intervenções que visem melhorar a regeneração e equilibrar a dinâmica populacional destas espécies.

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