ARTÍCULO
TITULO

BALANÇO HÍDRICO DE UMA MICROBACIA HIDROGRÁFICA NO SUDESTE DO BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

Alisson Lopes Rodrigues    
Pedro Manuel Villa    
Alice Cristina Rodrigues    
Rafles Anselmo Mata    
Lucieta Guerreiro Martorano    

Resumen

O objetivo neste trabalho foi avaliar o balanço hídrico em uma microbacia hidrográfica no Município São Miguel do Anta, Minas Gerais, Brasil. Procurou-se apontar os benefícios do balanço hídrico no manejo do solo visando identificar as melhores épocas com estoques de água no solo capazes de manter o potencial produtivo em cultivos agrícolas como garantia de prestação de serviços ecossistêmicos. As estimativas do balanço hídrico na microbacia foi realizado usando métodos que incluam no modelo variável explicativas de fluxos associados à precipitação pluvial, evaporação, evapotranspiração, vazão, armazenamento de água em reservatórios, e estimação de água usada na irrigação. Observa-se que a maior evapotranspiração da microbacia ocorreu no mês de janeiro com um valor médio de 93,9 mm e as menores taxas evapotranspiratórias ocorreram em junho com 56,5 mm. Esses resultados evidenciam que em janeiro há maior oferta de água no solo, pois os déficits hídricos são reduzidos, atingindo no máximo 94,4 mm. Em março os excessos hídricos atingem valores médios de 149,4 mm, indicando que há alta oferta de água na microbacia para atender a demanda evapotranspiratória das plantas. Os meses de fevereiro, março, novembro e dezembro contabilizaram as maiores cotas pluviais, chegando ao máximo de 230 mm no mês de março. Por outro lado, os meses menos pluviosos foram maio, junho, julho e janeiro, atingindo valores mínimos de 3 mm no mês de junho. O principal fluxo de saída de água da bacia hidrográfica foi devido à evapotranspiração, correspondendo a 80%, reforçando a importância desse serviço ecossistêmico em bombear para atmosfera vapor de água para manter o ciclo hidrológico na microbacia hidrográfica. A variação sazonal da vazão média da microbacia é explicada pela estacionalidade das chuvas que determinam o balanço hídrico e que são influenciadas pelos tipos de cobertura do solo nas diferentes formas de uso da água para atender as atividades antrópicas em microbacias hidrográficas.

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