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ARTÍCULO
TITULO

LIMITAÇÕES NA PRODUÇÃO DE VINHÁTICO (Plathymenia reticulata Benth) POR MINIESTAQUIA

Sara Edy Gomes Lima Pessanha    
Deborah Guerra Barroso    
Thaís Chagas Barros    
Taiane Pires de Freitas de Oliveira    
Giovanna Campos Mamede Weiss de Carvalho    
Maura da Cunha    

Resumen

O vinhático (Plathymenia reticulata Benth) é uma das espécies nativas do Brasil, de interesse econômico e ambiental. Sua propagação tem sido realizada por sementes, entretanto, o difícil acesso às matrizes, os intervalos longos de frutificação e dificuldade de armazenamento destacam a importância de técnicas que permitam a propagação clonal da espécie. Estudos conduzidos com minicepas de vinhático, advindas de mudas produzidas por sementes têm demonstrado que, embora as minicepas apresentem boa brotação, o enraizamento das miniestacas é muito baixo. Com isso, objetivou-se neste trabalho, avaliar a produção de mudas de vinhático por miniestaquia, utilizando diferentes técnicas de manejo para induzir o enraizamento. Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação, sendo que, no primeiro, as minicepas foram obtidas a partir de mudas produzidas via semente de progênies de onze matrizes, das quais se promoveu a coleta sucessiva de miniestacas, sendo estas submetidas a diferentes concentrações do regulador de crescimento AIB (0, 2.000, 4.000, 6.000 e 8.000 mg.L-1). No segundo experimento foi utilizado o manejo de luz (sombreamento na base da brotação e sombreamento total da minicepa) e de nutriente, com aplicação de nitrogênio (4 g.L-1 de ureia) nas minicepas. As miniestacas produzidas foram avaliadas quanto à capacidade de enraizamento e anatomia na base da miniestaca. No primeiro experimento verificou-se uma variação de sobrevivência e tolerância à poda apical entre as progênies das matrizes analisadas, com destaque para progênie da matriz DOM, que apresentou o maior percentual na primeira coleta (88,2%), e uma sensibilidade das progênies NELI, ZE1 e ZE2 aos efeitos do manejo e às condições ambientais no minijardim clonal. O vinhático respondeu de forma positiva à coleta sucessiva de brotações, com aumento do número de brotações produzidas a partir do quarto mês de coleta (210 dias). Não houve efeito significativo no enraizamento de mudas de vinhático quando submetido a concentrações crescentes de AIB, nem quanto ao tipo de manejo de luz e nitrogênio utilizados para estimular o enraizamento de miniestacas. Não foram observadas barreiras anatômicas ao enraizamento dos clones nos diferentes tipos de manejos avaliados.

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