Área foliar de mudas de urucum (<i>Bixa orellana</i> L.) estimada por diferentes métodos: uma análise comparativa

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DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509840896

Palavras-chave:

Método não destrutivo, Método direto, Modelagem da lâmina foliar, Análise de regressão

Resumo

A determinação da área foliar (AF) das culturas é um parâmetro indicativo do crescimento e da produtividade, sendo a busca por métodos precisos e exatos para a sua estimativa de extrema importância. O urucum (Bixa orellana L.) é uma espécie arbórea nativa da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, cuja importância econômica está relacionada ao corante natural extraído de suas sementes. Assim, o presente estudo objetivou comparar diferentes métodos para determinação da AF em mudas de urucum. Para isso, o método planimétrico foi considerado padrão e, com base nele, testou-se a equivalência em relação aos métodos das dimensões foliares — comprimento (C) e largura (L) — e ao scanner. No método das dimensões foliares o fator de forma (f) de 0,64 foi ajustado previamente para o urucum por meio da análise de regressão entre AF e o produto C x L. No método do scanner, utilizou-se o aplicativo ImageJ para determinar a AF. A regressão linear sem intercepto entre AF do método padrão e AF estimada por cada método alternativo foi utilizada para verificar a concordância dos resultados. Os métodos das dimensões foliares e do scanner foram equivalentes ao método padrão (5% de probabilidade de erro) e equivalentes entre si (1% de probabilidade de erro). Assim, verificou-se que esses métodos podem ser empregados com segurança na estimativa da área foliar do urucum. Contudo, o método das dimensões apresenta vantagens práticas em relação aos outros por ser não destrutivo.

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Biografia do Autor

Fernanda da Silva Pinheiro, Pesquisadora Autônoma, Nova Iguaçu, RJ

Engenheria Florestal, formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Possui experiência na elaboração de Projeto de Recuperação de Área Degradada. Ex-bolsista FAPERJ e CNPQ. Foi aluna de iniciação científica por 4 anos. Tem interesse nas áreas de Conservação da Natureza, Sistemas de Informação Geográfica aplicado a problemas ambientais, Sensoriamento Remoto e Climatologia. 

Gustavo Bastos Lyra, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2000), mestrado em Agronomia (Meteorologia Agrícola) pela Universidade Federal de Viçosa (2002) e doutorado em Agronomia (Física do Ambiente Agrícola) pela Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência nas áreas de Agronomia e Geociências, com ênfase em Agrometeorologia, Climatologia e Micrometeorologia, atua principalmente nos seguintes temas: processos de transporte turbulento em superfícies vegetadas, evapotranspiração, estatística climatológica, sistema de informações geográficas aplicado as ciências atmosféricas e ambientais, radiometria solar e modelagem agrometeorológica. Atualmente é Prof.Associado II do Departamento de Ciências Ambientais do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), docente/orientador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental, ambos da UFRRJ, Engenharia de Biossistemas da Universidade Federal Fluminense e Produção Vegetal da Universidade Federal de Alagoas. Foi bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado (2015-2018) da Fundação "Carlos Chagas Filho" de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ.

Marcel Carvalho Abreu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (2011), mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Itajubá (2014) e doutorado em Agronomia (Meteorologia Aplicada) pela Universidade Federal de Viçosa (2018). Atualmente é professor adjunto do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, lotado no Departamento de Ciências Ambientais. Atua principalmente nas áreas de agrometeorologia, modelagem do crescimento e produção de plantas, hidroclimatologia e manejo de bacias hidrográficas.

José Carlos Arthur Junior, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP) (2005). Doutor em Ciências (Área de concentração: Recursos Florestais) com opção em Silvicultura e Manejo Florestal, pela ESALQ/USP (2011). Atuou como Coordenador Executivo do Programa Cooperativo sobre Silvicultura e Manejo (PTSM) do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) de 2006 à 2015. Atualmente é Professor Adjunto A, nível II, do Departamento de Silvicultura - Instituto de Florestas (IF) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) na área de Viveiros Florestais, Culturas Florestais e Arborização Urbana. Participa como professor orientador no Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Florestais (PPGCAF) do IF/UFRRJ.

Leonardo Duarte Batista da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Engenheiro Agrícola, formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) em 1997 (Bolsista de Iniciação Científica CNPq 1994-1995; 1995-1996; 1996-1997). Doutor em Agronomia (Área de Concentração: Irrigação e Drenagem) pela Universidade de São Paulo (USP) na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ) em 2003, Bolsista FAPESP. Pós-Doutorado em Engenharia Agrícola (Área de Concentração: Engenharia de Água e Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e EMBRAPA Agrobiologia em 2005 (Bolsista Recém-Doutor CNPq). Engenheiro Ambiental, formado pela Universidade de Vassouras (USS) em 2011. Professor Associado III do Departamento de Engenharia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (2013 - 2016) (nível 2) e Jovem Cientista do Nosso Estado FAPERJ 2012. Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da UFRRJ (2008- 2016) Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da UFRRJ (2014- 2016) . Vice- Diretor do Instituto de Tecnologia da UFRRJ (2009- 2014). Professor-Colaborador de Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica; Mestrado Profissional Bi-Institucional (UFRRJ-EMBRAPA Agrobiologia). Professor-Orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Tecnologia e Inovação em Agropecuária, Doutorado Bi-Nacional (Brasil-Argentina), convênio UFRRJ e Universidad Nacional de Río Cuarto (URNC). Professor-Orientador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da UFRRJ. Professor-Orientador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biossistemas da UFF. Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq "Engenharia e Monitoramento de Biossistemas" (EMBio) Atua em pesquisas relacionadas à Recursos Hídricos e Engenharia do Meio Ambiente: manejo da irrigação, evapotranspiração, consumo hídricos dos cultivos, agrometeorologia, tratamento e disposição final de águas residuárias, estudos climáticos no continente antártico e mudanças climáticas.

Guilherme Bastos Lyra, Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo, AL

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas (2000), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2003), Doutorado em produção vegetal (culturas irrigadas e economia agrícola) pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Atualmente é professor adjunto I do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em irrigação e drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: Hidráulica de condutos livres e forçados, manejo de irrigação, economia rural, cana-de-açúcar, pastagem, milho, soja e feijão. 

Ednaldo Oliveira dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Possui graduação em METEOROLOGIA pela Universidade Federal de Alagoas (1997), mestrado em Engenharia Mecânica/Ciências Atmosféricas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e doutorado em Planejamento Energético/Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professor adjunto e chefe do Departamento de Ciências Ambientais/Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e pesquisador colaborador do INSTITUTO VIRTUAL INTERNACIONAL DE MUDANÇAS GLOBAIS/COPPE/UFRJ; Membro efetivo da CALMET/OMM, Relator da Conferencia Iberoamericana en Sistemas, Cibernética e Informática e Membro do Conselho Consultivo do Instituto Ambiental Biosfera. Tem experiência nas áreas de METEOROLOGIA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS (principalmente em inventário de emissões de GEE em ambientes naturais e reservatórios hidrelétricos), POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E AMBIENTAL. 

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Publicado

01-09-2020

Como Citar

Pinheiro, F. da S., Lyra, G. B., Abreu, M. C., Arthur Junior, J. C., Silva, L. D. B. da, Lyra, G. B., & Santos, E. O. dos. (2020). Área foliar de mudas de urucum (<i>Bixa orellana</i> L.) estimada por diferentes métodos: uma análise comparativa. Ciência Florestal, 30(3), 885–897. https://doi.org/10.5902/1980509840896

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