O patrimônio arqueológico no licenciamento cultural: legislação, políticas culturais e gestão integrada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v14n2a3858

Palavras-chave:

Brasil. Legislação. Licenciamento cultural. Patrimônio arqueológico.

Resumo

No presente artigo objetivamos apresentar uma discussão e atualização sobre a trajetória dos estudos do patrimônio arqueológico no âmbito das políticas culturais no Brasil, dando ênfase para os estudos no Licenciamento Cultural, destacando os certames vigentes, numa perspectiva multivocal. Em seguida, enfatizamos a preponderância da efetivação de uma gestão integrada em sinergia com os diferentes Stakeholders (comunidade, empreendedores, pesquisadores, órgãos de proteção), lançando luz para os desafios, perspectivas e reflexões sobre o papel e a relevância da arqueologia nesta seara.

PALAVRAS-CHAVE: Brasil. Legislação. Licenciamento cultural. Patrimônio arqueológico.

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Biografia do Autor

Juliano Bitencourt Campos, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutor em Quaternário, Materiais e Culturas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro, Portugal (UTAD/2015), com reconhecimento de diploma no Brasil de Doutor em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (MAE/USP/2016). Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC/2010). Especialização em Arqueologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai (URI/2008). Graduação em História pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC/2002). Professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA/UNESC) Coordenador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz - LAPIS/UNESC. Líder do Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão Integrada do Território Certificado pela UNESC e pelo CNPq. Membro do corpo editorial da Revista de Iniciação Científica e da Revista de Extensão da UNESC. Pesquisador associado da UNESC no mestrado europeu Dynamics of Cultural Landscapes and heritage Management-DYCLAM (Dinâmica da Paisagem Cultural e Gestão do Patrimônio). É sócio efetivo na Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB).

Marian Helen da Silva Gomes Rodrigues, Instituto Olho D’ Água – PI

Doutora em Quaternário, Materiais e Culturas ( UTAD - PT). Mestre em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre ( IPT/UTAD - PT), Especialista em Patrimônio Cultural pelo PEP/IPHAN, Licenciatura em Letras/ Português (UESPI). Diretora Executiva do Instituto Olho D´Água ( Piauí), coordenadora do Núcleo de Acervos e Educação Patrimonial do Grupo Documento ( SP), Pesquisadora associada ao Instituto Terra e Memória ( PT) e Centro de Geociências da Universidade de Coimbra ( PT).

Pedro Paulo Abreu Funari, Universidade Estadual de Campinas

bacharel em História (1981), mestre em Antropologia Social (1986), doutor em Arqueologia (1990), pela USP, livre-docente em História (1996) e Professor Titular (2004) da Unicamp. Professor de programas de pós da UNICAMP e USP. 

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Publicado

2017-09-06

Como Citar

Campos, J. B., Rodrigues, M. H. da S. G., & Funari, P. P. A. (2017). O patrimônio arqueológico no licenciamento cultural: legislação, políticas culturais e gestão integrada. Oculum Ensaios, 14(2), 331–347. https://doi.org/10.24220/2318-0919v14n2a3858

Edição

Seção

Dossiê Patrimônio Cultural Ibero-Americano