EMBEBIÇÃO, OSMOCONDICIONAMENTO E VIABILIDADE DE SEMENTES DE <i>Apuleia leiocarpa</i> (VOGEL.) J. F. MACBR.

Autores

  • Cristiani Spadeto
  • Liana Hilda Golin Mengarda
  • Márcia Cristina Paulucio
  • José Carlos Lopes
  • Miele Tallon Matheus

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509831582

Palavras-chave:

garapa, PEG 6000, germinação, vigor.

Resumo

Objetivou-se, com este trabalho, caracterizar a embebição e avaliar a qualidade fisiológica de sementes de Apuleia leiocarpa após o osmocondicionamento. O estudo da embebição foi realizado em sementes intactas e escarificadas, em água destilada durante 96 horas. No estudo do osmocondicionamento, as sementes escarificadas foram separadas em três sublotes (L1; L2; L3), o primeiro foi condicionado em água destilada (controle), o segundo e o terceiro foram osmocondicionados em PEG 6000, nos potenciais de -0,4 e -0,8 MPa, respectivamente, por 10 horas. Posteriormente, as sementes foram acondicionadas em sacos plásticos e mantidas sob temperatura controlada de 3 ± 1°C. A semeadura foi realizada após 0, 30, 60, 90 e 120 dias do osmocondicionamento. A qualidade das sementes foi avaliada pelos testes: germinação, índice de velocidade de germinação, frequência relativa de germinação, comprimento da parte aérea e radicular e massa seca das plântulas. A embebição das sementes escarificadas de Apuleia leiocarpa segue o modelo trifásico de absorção de água, com início após três horas e culmina com a protrusão da raiz primária após 72 horas. As sementes osmocondicionadas em -0,8 MPa de PEG mantiveram a qualidade fisiológica, enquanto as sementes osmocondicionadas em água e em -0,4 MPa de PEG reduziram linearmente a porcentagem e a velocidade de germinação, o comprimento e a biomassa seca das plântulas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BEWLEY, D. D.; BLACK, A. M. Seeds: physiology of development and germination. New York: Plenum, 1994. 445 p.

BORGES, E. E. L. et al. Comportamento fisiológico de sementes osmocondicionadas de Platymiscium pubescens Micheli (tamboril-da-mata). Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 26, n. 5, p. 603-613, 2002.

BRADFORD, K. J. Manipulation of seed water relations via osmotic priming to improve germination under stress conditions. HortScience, Alexandria, v. 21, n. 5, p. 1105-1112, 1986.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análises de sementes. Brasília: Secretaria de Defesa Agropecuária, 2009. 395 p.

CARDOSO, N. S. N. et al. Osmocondicionamento na germinação de sementes, crescimento inicial e conteúdo de pigmentos de Myracrodruon urundeuva fr. Allemão Revista Brasileira de Biociência, Porto Alegre, v. 10, n. 4, p. 457-461, 2012.

FELIPPI, M. et al. Fenologia, morfologia e análise de sementes de Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 3, p. 477-491, 2012.

FIALHO, G. S. et al. Osmocondicionamento em sementes de pimenta ‘amarela comprida’ (Capsicum annuum L.) submetidas à deterioração controlada. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 34, n. 3, p. 646-652, 2010.

KISSMANN, C. et al. Germinação de sementes de Stryphnodendron Mart. osmocondicionadas. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 32, n. 2, p. 26-35, 2010.

KISSMANN, C. et al. Biorregulador e pré-condicionamento osmótico na germinação de sementes e no crescimento inicial da muda de carobinha (Jacaranda decurrens subsp. symmetrifoliolata Farias & Proença) – Bignoniaceae. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 13, n. 1, p. 58-67, 2011.

LABOURIAU, L. G. A germinação da semente. Washington: OEA, 1983. 173 p.

LABOURIAU, L. G.; VALADARES, M. E. B. On the germination of seeds Calotropis procera (Ait.) Ait.f. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 263-284, 1976.

LEMES, E. Q. et al. Germinação e caracterização morfológica de sementes de Cupania vernalis Cambess. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, Garça, v. 18, n. 1, p. 71-82, 2011. LOPES, J. C.; ALEXANDRE, R. S. A. Germinação de sementes de espécies florestais. In: CHICHORRO, J. F. et al. (Org.). Tópicos em Ciências Florestais. 1. ed. Visconde do Rio Branco: Suprema, 2010. v. 1. p. 21-56.

LOPES, J. C.; SOARES, A. Estudo da maturação de sementes de carvalho vermelho (Miconia cinnamomifolia (dc.) naud.). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 30, n. 4, p. 623-628, 2006.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. v. 1. 384 p.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination and in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p. 176-177, 1962.

MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495 p.

MARTINS NETTO, D. A. et al. Efeito de diferentes graus de dano mecânico na qualidade fisiológica de sementes de sorgo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 34, n. 8, p. 1475-1480, 1999.

MICHEL, B. E.; KAUFMANN, M. R. The osmotic potencial of poliethylene glycol 6000. Plant Physiology, Rockville, v. 51, n. 5, p. 914-916, 1973.

PINHO, D. S. et al. Avaliação da qualidade fisiológica de sementes de Anadenanthera peregrina (L.) Speg. durante o armazenamento. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 33, n. 1, p. 27-33, 2009.

PINHO, D. S. et al. Avaliação da viabilidade e vigor de sementes de Anadenanthera peregrina (L.) Speg. submetidas ao envelhecimento acelerado e ao osmocondicionamento. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 34, n. 3, p. 425-434, 2010.

POPINIGIS, F. Fisiologia de sementes. 2. ed. Brasília: [s. n.], 1985. 289 p.

R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing, 2013. Disponível em: <http://www.R-project.org/>

SANTOS, M. C. A. et al. Condicionamento osmótico de sementes: revisão de literatura. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 2, p. 1-6, 2008.

SARMENTO, M. B.; VILLELA, F. A. Sementes de espécies florestais nativas do sul do Brasil. Informativo ABRATES, Londrina, v. 20, n. 1/2, p. 39-44, 2010.

SPADETO, C. et al. Estresse salino e hídrico na germinação de sementes de garapa (Apuleia leiocarpa (VOGEL.) J. F. Macbr.). Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 8, n. 14, p. 539-551, 2012.

VILLELA, F. A. et al. Tabela de potencial osmótico em função da concentração de polietilenoglicol 6.000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 26, n. 11/12, p. 1957-1968, 1991.

VIRGENS, I. O. et al. Comportamento fisiológico de sementes de Myracrodruon urundeuva fr. all. (Anacardiaceae) submetidas a fatores abióticos. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 4, p. 681-692, 2012.

Downloads

Publicado

02-04-2018

Como Citar

Spadeto, C., Mengarda, L. H. G., Paulucio, M. C., Lopes, J. C., & Matheus, M. T. (2018). EMBEBIÇÃO, OSMOCONDICIONAMENTO E VIABILIDADE DE SEMENTES DE <i>Apuleia leiocarpa</i> (VOGEL.) J. F. MACBR. Ciência Florestal, 28(1), 80–89. https://doi.org/10.5902/1980509831582

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)