Momento de colheita de sementes de <i>Albizia hasslerii</i> (Chod.) Burkart em função da cor do fruto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509835362

Palavras-chave:

Albizia-farinha-seca, Potencial fisiológico, Estádio de maturação, Fabaceae

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar a cor do fruto de Albizia hasslerii que corresponde a sementes com maior potencial fisiológico. Os frutos foram colhidos em diferentes estádios de maturação para a realização das análises, sendo classificados visualmente em quatro cores: 100% verde (estádio 1), ≤ 50% marrom (estádio 2), entre 50% e 99,9% marrom (estádio 3) e 100% marrom (estádio 4). Posteriormente, procedeu-se a mensuração dos atributos biométricos das sementes, e simultaneamente, Risssos testes de germinação e vigor foram instalados. Para verificar a relação da maturação de frutos com a biometria e o potencial fisiológico de sementes, determinou-se o coeficiente de correlação de Spearman (ρ). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, sendo os resultados submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. As sementes provenientes dos frutos que se encontravam nos estádios 3 e 4, manifestaram maior germinação e emergência, menores médias de teor de água e maior matéria seca, sendo esses indicadores do melhor momento de colheita de frutos. Já as sementes obtidas de frutos verdes apresentaram baixa germinação e vigor, alto teor de água e menor matéria seca. Conclui-se que as sementes com alto potencial fisiológico estão em frutos com cor 100% marrom, porém a partir de 50% de cor marrom já podem ser colhidos. Portanto, a cor dos frutos é considerada um indicador de maturidade fisiológica para a espécie Albizia hasslerii.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARBEIRO, C. et al. Germination and growth of Albizia niopoides (Bentham) Burkart (Fabaceae). Acta Scientiarum Biological Sciences, Maringá, v. 40, n. 1, p. e39073, 2018.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, 2009. 395 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instruções para análise de sementes de espécies florestais. Brasília, 2013. 98 p.

BRAZ, H. et al. Physiological Maturity of Parapiptadenia rigida Seeds. Journal of Agricultural Science, Richmond Hill, v. 10, n. 10, p. 485-492, 2018.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590 p.

CAVIGLIONE, J. H. et al. Cartas climáticas do Paraná. Londrina: IAPAR, 2000.

CRUZ, C. D. Genes Software – extended and integrated with the R, Matlab and Selegen. Acta Scientiarum, Maringá, v. 38, n. 4, p. 547-552, 2016.

CRUZ, M. P.; CAMPOS, J. B.; TOREZAN, J. M. D. Influência da topografia e da abertura do dossel na estrutura do componente herbáceo-arbustivo em dois fragmentos florestais na planície de inundação do alto Rio Paraná. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 28, n. 1, p. 191-205, 2018.

EBERT, A. et al. Natural regeneration in tropical secondary forest in Southern Amazonia, Brazil. Open Journal of Forestry, [s. l.], v. 4, n. 2, p. 151-160, 2014.

FIGLIOLIA, M. B. Colheita de sementes. In: SILVA, A.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M.B. Manual técnico de sementes florestais. São Paulo: Instituto Florestal, 1995. p. 1-12. (Série Registros, 14).

FOWLER, J. A. P.; CARPANEZZI, A. A.; ZUFFELLATO-RIBAS, K. C. Tecnologia para o manejo adequado de sementes de farinha-seca. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 53, p. 195-208, 2006.

FRANÇA NETO, J. B.; KRZYZANOWSKI, F. C.; HENNING, A. A. Plantas de alto desempenho e a produtividade da soja. Seed News, Pelotas, v. 16, n. 6, p. 8-11, 2012.

KAISER, D. K. et al. Physiological maturity of seeds and colorimetry of the fruits of Allophylus edulis [(A. St.-Hil., A. Juss. & Cambess.) Hieron. ex Niederl.]. Journal of Seed Science, Londrina, v. 38, n. 2, p. 92-100, 2016.

KETTENRING, K. M. et al. Editor’s choice: application of genetic diversity-ecosystem function research to ecological restoration. Journal of Applied Ecology, London, v. 51, p. 339-348, 2014.

KISSMANN, C. et al. Germinação e armazenamento de sementes de Albizia hasslerii (Chod.) Burkart. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 31, n. 2, p. 104-115, 2009.

LABOURIAU, L. G. A germinação das sementes. Washington: Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, 1983. 174 p.

LAZAROTTO, M. et al. Maturação fisiológica de sementes de Erythrina crista-galli L. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 1, p. 9-16, 2011.

LOPES, I. S.; NÓBREGA, A. M. F.; MATOS, V. P. Maturação e colheita da semente de Amburana cearensis (Allem.) A. C. Smith. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 3, p. 565-572, 2014.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for seeding emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p. 76-177, 1962.

MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2. ed. Londrina: ABRATES, 2015. 660 p.

MARINI, D. et al. Maturação fisiológica de sementes de Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Scientia Agraria Paranaensis, Marechal Cândido Rondon, v. 11, n. 1, p. 65-73, 2012.

MATHEUS, M. T.; LOPES, J. C.; CORRÊA, N. B. Maturação fisiológica de sementes de Erythrina variegata L. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 4, p. 619-627, 2011.

NÓBREGA, A. M. F. et al. Regeneração natural em remanescentes florestais e áreas reflorestadas da várzea do rio Mogi-guaçu, Luiz Antônio – SP. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 32, n. 5, p. 909-920, 2008.

NOGUEIRA, A. C.; MEDEIROS, A. C. S. Coleta de sementes florestais nativas. Colombo: EMBRAPA; Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 2007. 11 p. (Circular técnica, 144).

NOGUEIRA, N. W. et al. Maturação fisiológica e dormência em sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia BENTH.). Bioscience journal, Uberlândia, v. 29, n. 4, p. 876-883, 2013.

SCHULZ, D. G. et al. Physiological and enzymatic changes during seed maturation and germination of Luehea divaricata. Floresta, Curitiba, v. 47, n. 1, p. 105-111, 2017.

TEIXEIRA, F. P. et al. Maturation and Desiccation Tolerance in Seeds of Sesbania virgata (Cav.) Floresta e ambiente, Seropédica, v. 25, n. 4, p. e20160419, 2018.

VALENTINI, S. R.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M. Aplicação do teste de vigor em sementes. In: SILVA, A.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B. (coord.). Manual técnico de sementes florestais. São Paulo: Instituto Florestal, 1995. p. 75-84. (Série Registros).

Downloads

Publicado

04-06-2020

Como Citar

Ristau, A. C. P., Malavasi, M. de M., Cruz, M. S. F., Malavasi, U. C., & Dranski, J. A. L. (2020). Momento de colheita de sementes de <i>Albizia hasslerii</i> (Chod.) Burkart em função da cor do fruto. Ciência Florestal, 30(2), 556–564. https://doi.org/10.5902/1980509835362

Edição

Seção

Nota Técnica

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>