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DisCrit: os limites da interseccionalidade para pensar sobre a pessoa negra com deficiência

Philippe Oliveira de Almeida    
Luana Adriano Araújo    

Resumen

A Critical Race Theory (CRT) pode ser conceituada como um quadro referencial que performa uma leitura racializada das relações de classe, e uma leitura de classe das relações étnico-raciais. Os Disability Studies (DS), por sua vez, consistem no programa teórico pautado pela análise dos significados e das concepções de deficiência em sociedade. Engendrada na interseccionalidade entre essas perspectivas, a DisCrit surge como um campo emergente na teoria crítica, que busca reconhecer e aprofundar as influências mútuas entre a Critical Race Theory (CRT) e os Disability Studies (DS). Sua meta imediata é descrita como o integral endereçamento da realidade interseccional de corpos marcados pela negritude e pela deficiência. Há, contudo, um objetivo estrutural de fundamentação da DisCrit, consistente no entrelaçamento dos conceitos de raça e deficiência a partir da crítica da normalidade. A partir disso, buscamos, como objetivo geral, reanalisar a estabilidade conceitual da interseccionalidade como instrumento teórico para entender a experiência da pessoa negra com deficiência. Nossos objetivos específicos são: compreender a DisCrit e seu lugar nos estudos brasileiros de deficiência; tratar da interseccionalidade como cruzamento de duas ou mais categorias socialmente marginalizadas; e propor uma noção de interseccionalidade que redefina normalidades em cor e funcionamentos. Partimos do esforço por compreender se a DisCrit, fundamentada na interseccionalidade entre raça e deficiência, endereça adequadamente as estruturas de opressão geradas pela normalidade. A metodologia utilizada pautou-se por uma pesquisa hipotético-dedutiva, com abordagem qualitativo-descritiva e com aporte fundamental na revisão bibliográfica. Apontamos para a conclusão teórica de que a DisCrit é relevante quando sustentada em uma abordagem interseccional intercategorial sensível à maneira como diferentes marcadores (estampas) sociais recaem sobre um mesmo corpo. No campo do levantamento de literatura brasileira, apontamos para a necessidade de aprofundamento de estudos que contemplem raça e deficiência como categorias enredadas por uma concepção de normalidade.

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