Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: .31 Núm: n3 Par: 0 (2021)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

Efeitos da sazonalidade sobre a fenologia e a fisiologia de Parkia platycephala Benth (Fabaceae, Caesalpinioideae) em área de Cerrado

Valdelice Oliveira Lacerda    
Ana Maria Mapeli    

Resumen

Devido à sua natureza séssil, as plantas desenvolveram diversos mecanismos para manter sua reprodução e se defender em condições estressantes. Tanto o metabolismo primário quanto o secundário são afetados por mudanças ambientais nas diferentes fases de desenvolvimento vegetal. Sendo assim, é importante conhecer os mecanismos de defesa e resistência às intempéries ambientais de plantas adaptadas às diversas condições ambientais, a exemplo de Parkia platycephala. Essa espécie é endêmica do Brasil e apresenta diversas potencialidades de uso para fins farmacológicos, forrageiro, madeireiro, ornamental e ecológico. Dessa forma, este trabalho se propõe a analisar a relação entre sazonalidade climática, fenologia e fisiologia de Parkia platycephala. O estudo foi conduzido em área de Cerrado sensu stricto, na região da Serra da Bandeira (12º05?S e 45º02?W), Barreiras, Bahia. As fases fenológicas de Parkia platycephala foram observadas mensalmente, seguindo a metodologia de Fournier. O material vegetal (folhas) para as análises fisiológicas foi coletado dos mesmos indivíduos selecionados para fenologia, dos quais foram quantificados pigmentos fotossintéticos, teor de fenóis totais, atividade antioxidante, teor de açúcares solúveis totais (AST), açúcares redutores (AR) e açúcar não redutor (ANR). Parkia platycephala apresentou padrão vegetativo semidecidual sazonal e um padrão reprodutivo anual. A baixa disponibilidade hídrica foi o fator ambiental que mais afetou os processos fisiológicos, diminuindo a produção de clorofila a e carotenoides e promovendo o aumento na produção de clorofila b, fenóis totais e carboidratos solúveis não estruturais. No geral, a atividade antioxidante não enzimática em Parkia platycephala foi alta, sendo 3,66 vezes superior ao ácido ascórbico (Vitamina C). Dessa forma, a espécie demostrou possuir mecanismos eficazes para manter seus processos fisiológicos ativos suportando a seca e a intensa insolação durante o ano, porém a produção de carboidratos é afetada por essas variações ambientais refletindo negativamente sobre as suas fenofases, principalmente sobre a fenofase reprodutiva.

 Artículos similares

       
 
Mariele Cunha de Miranda,Patrícia Aparecida Rigatto Castelo     Pág. DOI: 10.12 - 6830.v03n0
O objetivo deste estudo foi determinar as dimensões das fibras da madeira de Parkia gigantocarpa Ducke e suas relações para produção de polpa celulósica. Para a determinação das dimensões das fibras foram amostradas três árvores de um plantio experimenta... ver más

 
Ademir Kleber Morbeck de Oliveira,Jonathan Wesley Ferreira Ribeiro,Kelly Cristina Lacerda Pereira,Eliazel Vieira Rondon,Thiago José Andrade Becker,Luciene Andrade Barbosa     Pág. 533 - 540
http://dx.doi.org/10.5902/198050986620O objetivo deste trabalho foi determinar a metodologia mais adequada para superação de dormência das sementes de Parkia gigantocarpa Ducke e produção de mudas. As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: ... ver más

 
Celene de Albuquerque Câmara,João Correia de Araújo Neto,Vilma Márquez Ferreira,Edna Ursulino Alves,Flávia de Barros Prado Moura     Pág. 281 - 290
Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp., é uma espécie arbórea, característica dos estádios iniciais da sucessão, de ocorrência natural no Brasil. Pertence à família Fabaceae, com grande potencial na recuperação de áreas degradadas. O presente trabalho f... ver más