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As dunas frontais e sua função frente às inundações da costa: validação de dois modelos de erosão como ferramenta para a gestão costeira aplicados na praia do Mar Grosso, RS

André Felipe Martelo    
João Luis Nicolodi    

Resumen

Desde 2016 o Brasil possui um Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA). Elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente (Brasil, 2016), tal plano busca promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima e a realização de uma gestão do risco associado a esse fenômeno. Tal Plano dá especial atenção às zonas costeiras do país. No Estado do Rio Grande do Sul (RS), a Zona Costeira  está sujeita ao impacto de eventos meteorológicos  energéticos durante os períodos de outono e inverno. Ressacas do mar e enchentes marinhas são comuns durante e após a passagem desses eventos, colocando pessoas, infraestruturas e ecossistemas em risco. As dunas frontais constituem a primeira linha de defesa natural do continente frente às inundações marinhas e à erosão costeira. Sendo assim, o presente estudo aplica o modelo da Regra de Erosão de Dunas a fim de quantificar a erosão de dunas frontais em uma praia no litoral sul do Rio Grande do Sul (RS). Tal aplicação busca validar este modelo para as praias do RS. A caracterização dos processos erosivos foi realizada com base na Escala de Impacto de Tempestades, categorizando os eventos analisados dentro de quatro categorias.  O modelo de erosão de dunas apresentou valores altos de erosão devido às configurações dos parâmetros do modelo, os quais devem ser adaptados para o litoral do RS para melhor aplicabilidade. A aplicação conjugada destes dois modelos tem relevante potencial para uso direto na gestão dos ecossistemas costeiros, visto que, após devidamente adaptados à escala local, inferem as dimensões e características necessárias para que as dunas frontais possam efetivamente cumprir sua função de proteção costeira.

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