Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: 23 Núm: 1 Par: 0 (2013)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

Relação entre concentrações foliares de carboidratos solúveis totais e tolerância ao frio em diferentes espécies de Eucalyptus spp.

Mireli Moura Pitz Floriani    
Cristiano André Steffens    
Djalma Miler Chaves    
Cassandro Vidal Talamini do Amarante    
Tiago Georg Pikart    
Maitê dos Santos Ribeiro    

Resumen

http://dx.doi.org/10.5902/198050988450O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da rustificação sobre a tolerância ao frio em Eucalyptus dunnii Maiden, Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage, Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden e Eucalyptus saligna Sm., através da quantificação dos teores foliares de carboidratos solúveis totais e de prolina. Mudas das quatro espécies (com três meses de idade e cerca de 50 cm de altura) foram submetidas a dois períodos de rustificação (0 e 21 dias de exposição a temperaturas diurnas de 5 ºC e noturnas de 1 ºC), com fotoperíodo controlado de 12 horas. Ao final de cada período de rustificação, as mudas foram submetidas durante 3 horas a três gradientes de temperatura abaixo de zero (-2 ºC, -5 ºC e -8 ºC). Foram feitas avaliações das concentrações foliares de carboidratos solúveis totais e de prolina, da temperatura letal de 50 % (TL50) e do índice de dano ao frio. Não foi identificada a presença de prolina nos tecidos foliares das espécies avaliadas. No entanto, em mudas não rustificadas, observou-se diferenças entre as espécies quanto à concentração foliar de carboidratos, sendo maior em Eucalyptus benthamii, intermediária em Eucalyptus dunnii e Eucalyptus grandis, e menor em Eucalyptus saligna. A rustificação causou um aumento na concentração foliar de carboidratos de 2,9; 2,5; 2,8 e 1,3 vezes em Eucalyptus dunnii, Eucalyptus benthamii, Eucalyptus saligna e Eucalyptus grandis, respectivamente. Em mudas que não foram submetidas à rustificação, a TL50 foi mais baixa em Eucalyptus benthamii, intermediária em Eucalyptus dunnii e Eucalyptus grandis, e mais alta em Eucalyptus saligna. No entanto, com a rustificação das plantas não houve diferenças entre as espécies quanto à TL50. Observou-se que a TL50 diminuiu com a rustificação, exceto no Eucalyptus benthamii. Houve correlação negativa entre a concentração foliar de carboidratos solúveis totais e a TL50 nas espécies avaliadas. Os dados obtidos mostram que a concentração foliar de carboidratos solúveis totais pode ser utilizada como indicador de tolerância ao frio em espécies de Eucalyptus.

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